PREFÁCIO:
Este livro será um tributo, uma homenagem, às vezes de forma filosófica, às vezes em desabafo ou de cunho testemunhal apenas, a respeito daquela que um dia eu peguei nos braços, e disse: Minha filha!
Sem “lauréis”, mas com satisfação; sem muita elaboração textual, mas com palavras que saem da alma; sem conotação romântica, mas com sentimentalismo; sem apelos dramáticos, mas com inesperados episódios; sem excesso de sofrimento, mas com emoção; sem enfeites, mas com singeleza; sem reclamações, mas com peraltices; enfim, sem demasiada pesquisa teórica, mas com a própria biografia “dela”, para daquilo que eu ainda consiga lembrar possa por nas linhas que se seguirão.
Sim, eu vou homenagear você, falando diretamente para você, filha, mesmo sabendo que você não está me escutando. Pois o sono da morte, para um Yehudi, não é permitido este acesso...
Peço então, nesta minha ilusão ficcional, a licença Divina, para imaginar-me estar conversando com a minha filha, ao transcrever esta obra...
Meu anjinho, que, com carinho e verdade, eu possa descrevê-la, revelando o lado engraçado e o lado triste daquilo que foi a sua existência ao nosso lado...
Irei, portanto, tentar expor, externar, mostrar, narrar e descrever um pouco desta singular pessoa que eu tanto amei e que ainda amo, de maneira natural e franca.
Não pretendo seguir uma ordem cronológica daquilo que você fez ou deixou de fazer, ou do quanto nos fez rir e chorar. Vou permitir que o meu sentimento e as lembranças falem á seu tempo e modo.
O que pretendo é não esquecer nada de mais relevante e importante, daquilo que foi a sua breve passagem por este mundo terreno, eternizando-a.
Espero que um dia, se esse dia vier a existir, e, óbvio, depois que você ler este singelo tributo, que você se sinta realmente homenageada por este pai aqui.
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