O VALE DO SOL RADIANTE.
O capitão olhou no relógio era onze horas vamos prosseguir homens, daqui uma hora paramos pra descansar e desceram cerca de 30 metros adianta havia claridade como se o sol brilhasse, ali acharam uma passagem por onde a água do riacho descia e formava uma cachoeira de uns 10 metros de altura ao olhar se via fora da montanha lá embaixo um vale cheio de mata nativa encravado numa rachadura natural dos rochedos.
A formação de um Cânyon natural, os homens gritaram de alegria pela descoberta e o capitão disse esse deve ser o Vale do Sol Radiante olhem que beleza, mas por aqui não temos como descer, nisso lembrou do papel encontrado que no verso tinha um desenho mal rabiscado e olhou ali mostrava que havia degraus para descer, mostrou aos soldados e disse:
- Vamos procurar outra abertura com degraus voltaram um pouco e desceram a esquerda num corredor estreito, enseguida acharam degraus escavados na rocha e foram descendo chegaram a uma nova abertura e tinha uma ponte de madeira suspensa em cabos de aço que ligava a caverna a uma grande árvore a três metros e da árvore escada de madeira para chegar ao chão tudo muito bem conservado.
Desceram pela árvore e estavam dentro do vale a poucos passos do riacho que formava um lindo lago azul, o lugar era de extrema beleza um paraíso num vale até então desconhecido.
Sem barulho ou conversa apenas com gestos o capitão guiou os homens pela margem do lago, todos muito alerta.
O QUILOMBO
Duzentos metros com a frente para o lago viram uma dezena de choupanas feita de madeiras barro e palhas, semelhantes ao rancho do Bastião .
tudo muito limpo e organizado algumas galinhas transitando tranquilas, mas tudo muito quieto e silencioso.
havia no centro da aldeia fogo de chão que mostrava ter sido apagado a pouco e rapidamente.
O capitão posicionou seus homens e gritou hooo de casa tem alguém ai somos de paz, somos soldados do exército brasileiro
heeei tem alguém ai.
Então de trás de uma choupana saiu devagarinho um homem negro portando um cajado, vestindo uma capa de couro, calção de couro barba farta e descalço que falou :
- Eu sou zabunba Ogana guardião do vale do Sol Radiante, poupe nossa vida e se ajoelhou.
O capitão e todos cheios de admiração de ver gente viva naquele vale isolado disse:
- Eu me Chamo Odilon capitão do exército brasileiro o Sr. me entende ? por favor se levante.
- Zabunba entende homem branco, caçador de homem negro eu e meu povo se entregamo mas poupe nossa vida.
Levante - se nos não caçamos homens negros, nosso pais é livre todos os homens negros e brancos vivem juntos e em paz .
Veja soldado Lacerda venha aqui, o soldado Lacerda era negro e quando Zabunba o viu se inclinou em terra e dizia, chegou o enviado de Rabumazak, o libertador.
A conversa estava ficando complicada e Mário Cuiudo com muita fome, puxou do bolso da bombacha uma linguiça seca, cortou e começou a comer.
Zabunba se levantou tomou Mário pela mão conduziu a beira do fogo e ofereceu um cepo de madeira para ele sentar, e disse:
- Bem vindos irmãos da montanha comer chouriço seco é fazer paz com Rabumazak.
Todos se olharam sem entender mas foram se chegando a beira do fogo e zabunba pegou uma espécie de apito que estava pendurado em seu pescoço por um cipó e a sobrou quatro vezes enseguida começou aparecer
Number of pages | 163 |
Edition | 1 (2017) |
Format | Pocket (105x148) |
Binding | Paperback without flaps |
Colour | Black & white |
Paper type | Uncoated offset 75g |
Language | Portuguese |
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