01
Era uma vez... O reino Verde chamado Florestópolis (floresta)
Vivia em uma árvore frondosa um macaquinho chamado Bisbilhoteiro ou simplesmente Bis.
Muito sapeca e esperto aprontava todas com a vizinhança.
Não muito longe dali na mesma floresta , havia uma região chamada Pantanópolis ,( pântano) casa dos temíveis jacarés de papo amarelo, chamados pelos moradores da floresta de lagartões, onde morava Osvaldão o mais forte dos jacarés.
Esses tinham a fama de valentão e comedores de tudo.
Próximo a árvore de bis corria um belo riacho onde ele costumava se refrescar e também matar a sede.
Certa dia Osvaldão apareceu por ali estava caçando se postou junto a árvore casa de Bis, que cantarolava uma canção, quem tem medo de bicho papão, só o povo que vive no chão.
Osvaldão ouviu e pensou um talvez eu tenha conseguido um bom petisco aqui , bateu palmas e chamou
Hei psiuuu, tem gente em casa?
Bis olhou do alto de sua toca e disse
- olá ,seu jacaré que bons ventos o trazem por aqui?
O Senhor está perdido ?
- Não eu só estou querendo fazer amigos, ando meio entediado da vida.
- Humm rum entendi ,mas quem vai se aventurar ser amigo de um jacaré é perigoso virar petisco.
- Não é bem assim eu sei separar os amigos de um belo almoço.
- É mas eu pequeno e delicado não estou afim de virar lanchinho.
Mas lhe desejo boa sorte.
Osvaldão em tom bondoso disse:
- Até logo meu bom e sincero amigo, gostei de você e sua simpatia , apesar do medo conversou comigo respeitosamente, espero vê-lo por aí.
Até logo!
Bis ficou pensando esse parece diferente, mas seus olhos não me enganam tem olhos de guloso.
Melhor manter distância.
Três dias depois Bis estava se refrescando e levou um susto, a passarada voou dando alarme de que alguém se aproximava.
Bis pulou para sua árvore e ficou olhando a margem do riacho ,logo apareceu Osvaldão se arrastando grosseiramente.
- Logo gritou meu bom amigo, você está em casa?
- sim respondeu Bis .
E o que está fazendo? Sinto um cheiro maravilhoso no ar.
- Bem estou esperando uns amigos e decidi, fritar bolinhos de murucum (cobra da água) .
- Há deve ser uma delícia , eu poderia provar?
- Bem se o amigo subir até minha toca , lhe darei de comer , afinal nos tornamos amigos né?
- Sim somos amigos e compadres.
- Mas como subir ai, é tão alto e você sabe, que por natureza eu sou rastreador.
- Mas confesso que estou com água na boca.
Bis pensou esse está querendo aprontar.
- Meu amigo suba de ré que você consegue.
- É mesmo então vou tentar.
Osvaldão se posicionou e foi fazendo força e sentiu que estava saindo do chão.
Lá em cima Bis incentivava é isso ai você consegue mais um pouquinho.
Quando Osvaldão aproximou seu grande rabo da toca de Bis ele tocou uma concha de óleo quente no rabo de Osvaldão que desesperado e queimado desceu correndo para o lago.
De lá gritava você vai me pagar seu macaco ordinário, foi mais esperto que eu, mas vai ter troco.
E desceu o riacho em direção ao pântano.
Bis comemorou com gargalhadas HaHahahahahahaha.
Assim começou uma inimizade de fato.
Uma semana depois o riacho secou e Bis alarmado conversou com a vizinhança e descobriu que os jacarés fizeram uma barricada e desviaram a água que cruzava a floresta, assim para beber todos os animais tinham de ir ao Pântano e se tornavam presa fácil.
As perdas estavam aumentando, e a sede também e como ir ao lago , Osvaldão com certeza o estava esperando.
Bis pensou, pensou e pensou... então bolou um plano.
Foi na dispensa e pegou mel e se banhou todo no mel e desceu e se esfregou no matagal rasteiro e ficou verdinho dos pés a cabeça e então foi tranquilamente para beira do lago.
Bebia água e cuidava a volta, era meio dia o sol estava quente,
Jacarés por todo o lago se movimentavam , e então a quatro metros num banco de areia , Osvaldão tomava sol e viu aquele arbusto estranho tomando tanta água e gritou,
- Porque que toma tanta água compadre folha verde.
E insistiu porque que toma tanta água compadre folha verde.
E continuou insistindo.
Até que Bis indignado gritou em resposta .
- Desde o dia que queimei teu rabo seu lagartão abobado.
E correu desenfreado para a floresta e Osvaldão o perseguia de perto , eu te pego sua pestinha maldita.
Mas não foi dessa vez.
02
A BICHARRADA...
Estava reunida na floresta , compartilhando como bons vizinhos do sol gostoso, quando Nezinho o jabuti propôs vamos aproveitar o dia ensolarado e vamos colher flores silvestres,
Adoro flores elas são tão docinhas.
A turma concordou ,então Bis o macaquinho, Bilóca a girafa, Onésimo o coelho, Quincas o Urso, Bóris o javali e outros foram colher flores.
Bis enquanto procura pelas mais belas flores, pensa em Mily a mais linda macaquinha do bando, seu amor platônico .
Entre brincadeiras ,corre, corre ,empurra, empurra ,muita algazarra ,chegaram até as margens do lago azul , no meio da floresta ,ali havia flores mais belas e suculentas.
Bilóca a girafa baixou seu pescoção e disse Bis lá em cima no alto da copa das árvores as flores de maracujá estão muito lindas e apetitosas, e lá só você pode alcançar.
Bis pulou ao pescoção de Bilóca pegando carona pulou para as árvores e de galho em galho estava lá no meio das mais belas flores.
De repente ouviu um choro, apurou o ouvido pois não via ninguém, mas o choro continuava
Foi então que numa flor ,Bis viu uma pequena mamangava ,lamentando se muito.
Bis perguntou
- Porque está chorando mocinha?
- A pequenina assustada respondeu ,
Por favor não me machuque.
Bis sorriu , sou amigo ,não vou machucar você ,como posso ajudar?
- Há os grandes nunca são gentis assim, muito obrigado!
Me chamo Lilás e me perdi do enxame na revoada e agora não sei voltar para casa, é meu primeiro passeio fora de casa , e ainda não conheço bem a floresta.
- Há então não chore mais, porque eu conheço e posso te ajudar a voltar, basta que me diga o que se lembra de sua casa.
- Moro numa árvore frondosa perto de um riacho em nossa árvore tem muitas orquídeas amarelas , brancas e rosas e nossa toca está voltada para o sul.
Bis sorriu e disse
- Tenho boas notícias eu moro no outro lado do riacho numa árvore frondosa também e somos vizinhos , você está salva venha comigo e meus amigos ,estamos colhendo flores para um banquete.
Lilás sorrindo vibrou dizendo graças ao pai zangão ,arrumei amigos e não estou mais perdida ,obrigado ,seguirei com vocês.
Descendo das árvores com muitas flores de maracujá e uma nova amiguinha, Bis a apresentou aos amigos e contou que ela estava perdida,
Mas descobriu que eram vizinhos e ela se juntaria a turma ,assim Lilás foi recebida por todos com palmas e muito carinho.
03
O sítio Floresta negra...
Era um lugar especial de preservação da mata nativa e plantação de pinheiros, eucaliptos e araucárias e fazia limite com a floresta e Bis travou amizade com Julinho garoto de onze anos que vivia ali com os pais ambientalistas.
Julinho conseguiu resgatar Bis das garras de Osvaldão o jacaré , e se tornaram grandes amigos ,e toda a turma gostava de Julinho o único amigo humano confiável, segundo o sábio professor corujão Astorga.
Julinho que amava a natureza confidenciou aos amigos que queria muito conhecer o cantor das matas o Uirapuru ,famoso pelo seu cantar mavioso.
Então a turma adentrou a mata em busca do amigo que vivia, sempre as escondidas por causa de sua timidez .
Após grande caminhada encontraram - se com dona Rola Branca ,que disse olha cruzei com o compadre Uirapuru lá no costado da colina próximo ao riacho e achei ele um tanto triste.
Seguindo a indicação de dona rola, não muito longe dali encontraram o cantor das matas, sentado em um galho seco no alto de um márica espinhoso.
Professor corujão principiou a saudação chegando afrente num voejar desajeitado, olá compadre como tem passado?
- Um pouco entediado professor ...
Mas como o maior cantor das matas pode estar entediado e triste?
- obrigado pelo elogio mestre, mas de que adianta cantar lindamente se não há quem ouça meu cantar?
- Há então é essa a causa de tamanha tristeza ? então sorria pois está conosco lá embaixo um amigo nosso que quer lhe conhecer e ouvir seu cantar, vamos descer e adeus tristeza.
Quando Ui ,ouviu isso bateu asas estufou o peito e disse ,mestre que alegria hoje vou tirar a poeira da garganta, vamos!
Desceram e assentaram-se num tronco seco onde Julinho e a turma já estavam a postos, foram apresentados.
e Julinho pensou ,não é bonito como pensei é meio pardo e escuro, quase sombrio, esperava um pássaro colorido vistoso .
Ui por sua vez notou a decepção nos olhos de Julinho, quanto sua aparência ,mas inflou o peito e pôs-se a cantar como nunca, a melodia era angelical.
Julinho derramava lágrimas e a turma estava emocionada, ao final romperam em palmas e gritos de aprovação.
Ui também emocionado agradeceu ,muito obrigado meus amigos, só vocês pra espantar minha tristeza.
Quando recuperados de tamanha emoção, Julinho ouviu da tristeza do novo amigo por não ter plateia para admirar seu canto e então tomando a palavra propôs , vamos fazer uma vez por mês um grande concerto musical, lá na clareira norte, onde convidaremos todos os cantores da floresta a se apresentar e cantar para nós.
Se chamará floresta music.
A turma toda bateu palmas e aprovou , graças ao bom coração de Julinho a monotonia da mata seria quebrada e seus habitantes terão como compartilhar seus dons , e a boa notícia se espalhou pela floresta .
E daquele em dia em diante ,se ouvia Ui cantar e cantar e a todos dizia entusiasmado, estou ensaiado para o floresta Music.
Number of pages | 46 |
Edition | 1 (2016) |
Format | A5 (148x210) |
Binding | Paperback |
Paper type | Uncoated offset 75g |
Language | Portuguese |
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