Os belos e lisos cabelos de Marion flutuavam rebeldes por cima da sua cabeça e, ali permaneceram dançando n’água a última moda acompanhando os redemoinhos desordenados da gélida água do malvado e vingativo Rio Itararé, como, se, os cabelos de Medusa fossem: tudo chegara ao fim.
Todavia, o sorriso safado de a outra Marion permanecera em sua face sem arrependimento algum pelas maleficências perpetradas. Ele ficou estampado como um disfarce: a máscara de uma alegre Colombina. Tentando alcançar, o que mais. . .?
O sorriso sádico, o sorriso traiçoeiro da outra Marion que nem mesmo a morte pode extirpar daquela cuja vida fora uma antítese imperfeita, uma incoerência humanamente inexplicável: uma aberração da natureza. . .
Talvez. . .!!!???
O enredo desenrola-se envolto em combinações excitantes de depravações mórbidas e de tabus sexuais proibidos pela sociedade moralista, mas mesmo assim, praticado às esconsas pela grande maioria deles e, ou, pela quase totalidade dos seres racionais, nós os humanos, narrado com rudeza e total realismo. Entre crimes premeditados e violentos, justaposto a libidinosos atos de lesbianismo e de homossexualismo, a estória avança num misterioso e surpreendente crescente, aprofundando-se num apaixonante envoltório sobrenatural e ocultista de final inesperado, tudo desencadeado por uma jovem aparentemente normal, mas na essência, uma psicopata de dupla personalidade: uma alienada mental; um pária da sociedade.
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