125º livro do autor das séries "OLYMPUS" (14 volumes com 300 poemas em cada) e "EROTIQUE" (10 volumes com 50 poemas em cada), sendo 123 deles publicados no Clube de Autores.
Alguns trechos:
“Como pôde morrer aquele amor gigantesco,
Que em seu lugar deixou esse buraco grotesco,
Que não dá sinais de um dia ser preenchido
Por outro amor para meu coração desiludido?”
“Em Roma, às margens do Rio Tibre,
Encharcando-me de Cuba Libre,
Súbito, pego-me pensando nela,
Cuja lembrança sempre me enregela,
Sob a luz desse imenso luar,”
“Façamos valer a pena cada minuto,
Esqueçamos o angustiante correr das horas,
Desarmemo-nos, em nosso último reduto,
Antes que surja a mais triste das auroras...
Depois, o vento levará para longe todas as folhas,
E amargaremos o tipo mais cruel de saudade!
A vida traz-nos algumas simples escolhas,
Mas outras, fazem doer por toda a eternidade...”
“A última vez em que te esqueci
Não durou nem uma semana,
Um tempo astronomicamente longo
Para descobrir que sem ti não vivo,
Não passo de uma casca vazia,
Da qual roubaram um coração!”
“Tudo o que restará de nós serão poemas,
Tantos textos de amor que você me inspirou,
E que ao relê-los, trarão tristezas supremas,
Rastros desse amor que a saudade deixou...”
“Ah, ausência que me devora,
Por que ainda devo guardá-la,
Se até hoje ainda me apavora,
Essa saudade que me apunhala?”
“As paredes de nosso amor desabaram,
E, sem aviso, foram ao chão,
As luzes de nossos olhos se apagaram,
E virou cinzas o fogo extinto da paixão!”
“Pois enquanto as nuvens ocultam a lua
Outra chuva branda em forma de pranto
Escorre pela minha face que acentua
A saudade tua que me dói tanto”
“Em 1º de janeiro, um novo ano se inicia,
Novos sonhos, incertezas, saudades, promessas,
Uma inquieta esperança a cada dia,
Talvez lembranças de encarnações pregressas.”
“A nossa paixão é galhofeira,
E insiste em nos torturar,
Ficamos separados a vida inteira,
Com essa saudade que insiste em não passar...”
“Mas o sono reparador nunca vem,
Nessa noite onde a insônia não perdoa,
À inútil espera eterna de alguém
Que não voltará nunca mais,
Onde cada novo dia é mais triste,
E aumenta a saudade que já é demais,
Enquanto essa maldita dor a tudo assiste...”
“A vida virou essa esquisita colcha de retalhos,
Estranho mosaico de dias tristes e cinzentos,
Observando o Sol se esconder no horizonte,
E a noite achar meu coração em frangalhos,
E a alma despedaçada, ao sabor dos ventos,
À espera de notícias suas que alguém me conte.”
“Entre as saudades que tenho,
A mais linda é lembrar de você,
Mas, nos caminhos por onde venho,
A sua ausência cassou meu brevê,
E não sonho mais tão alto,
Mas não esqueço de seu olhar blasê,
Nem de sua voz de contralto,”
“Vou me comendo pelas beiradas,
Cada dia um pedaço,
Até não restar quase nada,
Exceto, talvez, alguns poemas,
Ou saudades em quem eu nem imaginava!
Excluo devagar antigas memórias,
E de minha infância já pouco me lembro,
Pois o tempo levou o restante,”
“Meus rins filtram e jorram ideias
Que meu cérebro converte em poemas,
Tramas de amor, saudade ou epopeias,
Com ferozes batalhas entre os fonemas!
Mas na autópsia, já será muito tarde
Para descobrirem como isto pode ocorrer,
Essa insana atividade neste corpo que arde
Por teu amor, até quando eu morrer...”
“Pois mesmo quando ainda é verão,
O frio asfixiante insiste em ficar
Lembrando-me daquela extinta paixão,
Da qual jamais me esqueço...
Por isto, tristeza, sente-se em qualquer canto,
Para mim é o fim, para você pode ser só o começo
De uma história que perdeu todo o encanto!”
“Por que tanto tempo depois de tudo acabado,
Nessa herança cruel do destino,
Só me restou essa memória doida, doída,
Que surge quando ouço essa melodia do passado,
Que guardo como uma espécie de hino,
E reacende essa saudade maldita, que dói pelo resto da vida?”
“Você tem muitas curvas, eu muitas retas,
E em meus sonhos encontrei a realidade:
Dizem que o amor faz de todos poetas,
Agora sei que isto afinal é verdade,
Pois Cupido atingiu-me com duas setas,
Uma cheia de amor, a outra, de saudade...”
“Como pôde aquele amor tão grande terminar assim,
Deixando aqui aberta essa caixa de Pandora,
Onde os males se agigantam tão perto de mim,
E essa saudade maldita, que não quer ir embora?”
“Trocamos juras de amor pelo domingo inteiro,
Mas, na manhã seguinte, na cama está vazio o seu lugar,
Não há rastro seu, nem mesmo o seu cheiro,
Era apenas um fantasma que veio só me assombrar...”
“Foi a Lua
Que me enfeitiçou
E sob a influência do luar
Assim libertou
Meus versos para se derramarem
Na rua
E atravessarem
O mar”
“Essa cápsula do tempo onde séculos percorro,
Para trás e para frente, numa sucessão infinita,
Ainda não me revelará como é que morro,
Mas só pode ser por causa dessa saudade infinita!”
“Ela me desculpou,
Respondendo que isto agora não importava,
Pois nos reencontráramos,
E nunca mais de novo ficaríamos solitários,
Pois o nosso amor afinal se expusera, suavemente,
Intenso, inebriante, memorável,
Para nunca mais nos deixar outra vez...”
Number of pages | 308 |
Edition | 1 (2023) |
Format | A5 (148x210) |
Binding | Paperback w/ flaps |
Colour | Black & white |
Paper type | Coated Silk 90g |
Language | Portuguese |
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