PREFÁCIO
Quando iniciei minha prática em psicoterapia não se falava em terapia de família ou de casal. O mais comum era trazer as crianças para tratamento, os filhos eram os problemas.
As famílias preferiam e preferem mesmo até hoje, trazer para a terapia um “Paciente Identificado”, um “bode expiatório” que as isentem de suas responsabilidades e da necessidade de realização de mudanças no todo da família.
Ressalto que quando trabalho com uma família, um casal ou com uma só pessoa, não tenho algo planejado de antemão, não tenho metas próprias a cumprir. Escuto e observo com atenção e vou me perguntando: “E agora?”. Estou centrada nas pessoas em questão, elas dão o “norte”. Quero compreender o que cada um traz, o que quer, como se sente, em clima de empatia.
Busco tratá-las como indivíduos e, ao mesmo tempo, como membros de um grupo familiar.
Incluo à parte neste volume “Terapia de Casal”, pontuando a importância da relação conjugal, como alicerce na formação de uma família. Ressalto que o subsistema conjugal que engloba o encontro de um homem e de uma mulher, frequentemente “desaparece”, subjugado no sistema familiar.
Acrescento também aportes necessários de conhecimentos e reflexões, que serão suportes para a compreensão das dificuldades surgidas para o terapeuta de família e de casal.
Valho-me de contribuições valiosas de vários terapeutas, enfoques e teorias diversas, consciente de que cada teoria representa uma parte da realidade, num ecletismo, numa combinação disciplinada de teorias e técnicas de diferentes escolas, mas compatíveis. Como diz Fred Duhl: “Necessitamos de pessoas que integram teorias e técnicas da mesma forma como compositores combinam diferentes melodias em partituras de grande equilíbrio e complexidade.
A autora
Number of pages | 160 |
Edition | 1 (2021) |
Format | A5 (148x210) |
Binding | Paperback |
Colour | Black & white |
Paper type | Uncoated offset 75g |
Language | Portuguese |
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