99º livro do autor das seguintes obras, todas publicadas no Clube de Autores e na Amazon (exceto “Poeticamente Teu”, da Coleção Prosa e Verso 2019, da Prefeitura de Goiânia-GO), em versão impressa e digital:
1. OS OCEANOS ENTRE NÓS
2. PÁSSARO APEDREJADO
3. CABRÁLIA
4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI
5. SOB O OLHAR DE NETUNO
6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE
7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO
8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE
9. EROTIQUE
10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ
11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE
12. EROTIQUE 2
13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU
14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA
15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA)
16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU
17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE
18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ?
19. OS TRAÇOS DE VOCÊ
20. STRADIVARIUS
21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR
22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS
23. EROTIQUE 3
24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI
25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO
26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM
27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA
28. EROTIQUE 4
29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS
30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER
31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE)
32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE)
33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS
34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI
35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU
36. OS VÉUS DA NOITE
37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON
38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO
39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA
40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas)
41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA
42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE)
43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS
44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS
45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU?
46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA
47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI?
48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR
49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR
50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON
51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE?
52. UM VERSO SUICIDA
53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM
54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE
55. EROTIQUE 5
56. O LADO NEGRO DA POESIA
57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO
58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS
59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO
60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA
61. POETICAMENTE TEU
62. AQUELA NOITE DO ADEUS
63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE
64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU
65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON
66. PASSAGEM PARA A SAUDADE
67. A PORTA DA SOLIDÃO
68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS
69. EROTIQUE 6
70. CIRANDA POÉTICA
71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI
72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI
73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA
74. A NOITE IMENSA SEM ELA
75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS
76. PORÕES E NAUFRÁGIOS
77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI
78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU
79. CRONOS ENLOUQUECEU!
80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS
81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS
82. EROTIQUE 7
83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS
84. PONTES PARA LUGAR NENHUM
85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES
86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ
87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU
88. ARTÍFICE DE VERSOS
89. O TEMPO, ESSE CARRASCO
90. OLYMPUS: LIVRO IX – ESPARTA
91. ESSA SOMBRA EM TEU OLHAR
92. OS OLHOS MÁGICOS DA POESIA
93. VERSOS QUE JAMAIS ESQUECI
94. LÁGRIMAS PROSCRITAS
95. EROTIQUE 8
96. UMA HORA ANTES DO FIM
97. POR TRÁS DA MÁSCARA BRANCA
98. PER...VERSOS AO ANOITECER
Alguns trechos:
“Nesse mundo cheio de maldades, / Onde quase todos têm uma vida secreta, / Quem mais iria desvendar suas verdades, / Se não tivesse coração de poeta?”
“Por tantas vezes, / A felicidade bateu à minha porta / Mas eu, cego, não a vi, / Passou aqui quase todos os meses / Mas de que importa, / Se eu, descuidado, nem a percebi?”
“Adeus, nunca mais me verás, / ibertei-me de tuas algemas, / A tua ausência trará enfim a paz, / Que celebrarei em belos poemas...”
“After you went away without warning / My heart must be the last of his kind / Living by night even in the morning / Why does love make us so blind?”
“Daquilo que houve um dia, / Que talvez tenha sido imenso, / Encontrei tristezas fugitivas / Em algum canto perdidas, / Sentimentos demolidos pelo tempo, / Cadáveres de identificação impossível, / Pois suas digitais se perderam, E não passam de genes danificados, / E, na noite que habita dentro de mim, / Tudo o que restou foram silêncios...”
“A magia voa pelos ares, explícita, / Na gaivota que afunda no mar, / Nas cores da Natureza, solícita, / No amor que ilumina o teu olhar...”
“Hidden in those incredible verses / I’d discover the beauties of Mars / And the secrets of multiple Universes / Because of a little poem among the stars”
“A Poesia revela mistérios, / Ocultos através de milênios, / Que sobreviveram à queda de impérios / E nunca descobertos pelos maiores gênios.”
“E então, surgem esses cânticos, / De poemas disfarçados, / Palavras dispersas subitamente reunidas, / Disparando versos para todos os lados, / Ressuscitando almas e resgatando vidas, / Da magia da Poesia tão necessitadas,”
“E eu não pude escrever sobre minha paixão, / Por isto, paralisado pela falta de tato, / Só pude deixar o poema como ficou, / Mas o final dele virou só um borrão, / E em vez de lindo, tornou-se um poema abstrato, / Naquele caderno de poemas que o fogo queimou!”
“A última história que contarei / Será também uma confissão / Dos segredos que não revelei / Sobre uma perdida paixão... / Talvez, se ela a lesse, / Sentisse de mim saudade, / E então o passado revivesse / E me revelasse a verdade...”
“Então sabemos que a vida não se acabou ainda, / E nesta festa onde nem queríamos estar, / Ouvimos essa música inesperada e linda, / E tudo o que nos resta fazer é dançar...”
“Mas você deu mesmo azar, / E terei de descartá-la sem piedade, / Pois talvez até pudesse me enganar, / Exceto por um mísero detalhe: / O que você diz não pode ser verdade, / E como poderia, / Se fui eu mesmo quem a inventei, / Tempos atrás, / Em uma história qualquer?”
“Poetas narram histórias inventadas / Entre amantes que jamais existiram, / E imaginam ver expressões enamoradas, / Em olhos que para eles nem sorriram!”
“Ah, Poesia, como queres que eu mude? / Perdoa-me por não te esperar, / Pois, mesmo antes que tu voltasses, / Escrevi um réquiem para poder enterrar / O sonho que morreu antes que retornasses…”
“Ah, Poesia desalmada, / Depois dessas horas tão cruas, / Deixa a chuva varrer a calçada, / E minhas lágrimas se juntarem às tuas...”
“Mesmo que não pareça, / Ainda estou vivo, ainda respiro, / E tenho Poesia na cabeça / Até o meu último suspiro!”
“Sem você, eu não seria poeta, / Afinal, para quem eu escreveria? / Minha vida não seria completa, / Sem você e a Poesia...”
“Assim vou percorrendo / Essa vida abstrata, / Mas jamais resolvendo / Sua equação inexata...”
“E, quando te aproximas e me tocas, / Terremotos em meu corpo provocas, / E essa febre que então me consome / Só terá fim quando aplacares minha fome!”
“Mas não sei se esse amor é por mim, / Ou se é pelo resto do Universo, / Não sei se sou uma flor em teu jardim, / Ou um espinho cravado em teu verso...”
“Antes de te conhecer, / Eu não era ninguém, / Apenas um espectro sombrio, / E nem poeta chegava a ser, / Flertava com os seres do Além, / E desfilava com meu olhar vazio...”
“Conto histórias que jamais ocorreram / Em mundos que sequer existiram, / Mas em minha Poesia cresceram, / Vindas de livros que nunca se abriram...”
“Já nem sei se tu és de verdade, / Ou apenas uma invenção minha, / Trazida a mim pela Poesia, / Terá sido fantasia ou realidade, / Tanta carne para minha pouca farinha, / Será que eu te roubei de uma fantasia?”
“Talvez você pense que é tudo mentira, / Essas aventuras que conto em meus versos, / Mas saiba que nem tudo é invenção de minha lira, / Pois a Poesia navega entre milhões de Universos...”
“Mas, se você não se assustar / Com as minhas histórias de horror, / Talvez eu lhe fale sobre o mar, / Ou quem sabe, até sobre o amor.”
“Compus uma ária, / Solitária, / Errática, / Problemática, / Confusa, / Difusa, / Cheia de tons / E sobretons,”
“Projeto versos pungentes / Em lindas estruturas pendentes, / Que vistas de perto fascinam / E / às vezes até alucinam! / Palavras têm esse poder, / Machucam mesmo sem querer, / Atropelam sem deixarem vestígios, / Quando se juntam em lindos prodígios!”
“Poetas são grandes arquitetos aéreos / Sempre construindo castelos no ar / Feitos com imensos pilares etéreos / Moldados com a essência do sonhar”
“Sou somente um artífice de versos, / Que capturo no ar, nos uivos dos ventos, / Trafegando por caminhos adversos, / A enfrentar tristes acontecimentos...”
“Essas palavras que afloram de meus dedos, / Narrando fatos dos quais me esquecera, / Causam-me uma inesperada nostalgia, / Como se revelassem recônditos segredos / De uma paixão morta que ao Hades descera, / E da qual só me restou essa melancolia!”
“Conto histórias que invento, / Sopradas pelo vento, / Ou em minha mente enxertadas, / Talvez na memória implantadas, / Mas nunca foram minhas, / Apenas aparecem sozinhas, / Revelando-me sutis segredos / Que saem da ponta de meus dedos, / Mas nunca foram meus,”
“Se você prestar atenção / Nas histórias que o vento conta / Com seu sibilar inconstante, / Que invade becos / onde amantes se encontram, / Protegidos de olhos curiosos pela escuridão, / Colocando o desejo acima do perigo que os amedronta, / Conhecerá aventuras sopradas pelo som sibilante, / Histórias emocionadas de amantes que se reencontram,”
“Mas as mais lindas palavras não foram ditas ou escritas, / Só podem ser lidas com o coração, / E estão estampadas numa face, / Carregadas da mais pura Poesia, / Pois são silenciosamente expressas num olhar...”
“Enquanto ainda existir um único poeta, / Ou livros de poemas continuarem sendo lidos, / A esperança jamais será suprimida, A derrota do espírito jamais será completa, / Os grandes enigmas ainda serão respondidos, / E a Poesia viverá, enquanto entre nós houver vida!”
“Em minhas veias, correm rios de Poesia, / Versos líquidos percorrem meu sangue, / Meu coração bombeia pura Fantasia, / Que dispara e volta como um bumerangue!”
“But it will be too late, at the autopsy, / To find out how this can happen thereby, / This insane activity in this burning body / For your love, until the moment I die...”
“Esse autorretrato que pintei / Está faltando um pedaço! / Será que foi de propósito que deixei / Um buraco do lado esquerdo, ao lado do braço? / Será que o coração que lá devia estar fugiu / Daquela tela, assim como o meu escapou? / Por que não escondi aquela lágrima vil / Que de meus olhos enquanto pintava brotou?”
“Meu receptáculo já passou da idade de sonhar, / Mas minha alma é muito antiga, / E talvez tenha habitado dezenas de corpos, / Entre eles, certamente alguns poetas, / Cujos pensamentos vagam pelos meus, / Soprando-me alguns de seus versos mais doces, / Que encaixo em algumas estrofes,”
“Como recusar / Essa aventura, / Que me convidas / A desbravar? / Tão doce loucura, / Duas vidas / Entrelaçadas / Em nós górdios / Petrificados, / Destinadas / Desde os primórdios,”
“Dê apenas mais uma hora, / Para juntar meus badulaques, / Livros, revistas, DVDs, / E logo depois partirei. / E, depois eu que for embora, / Já imune aos seus ataques, / Não mais me verá outra vez, / Seus gritos não mais ouvirei.”
“Letras saltam ao meu redor, / Formando palavras estranhas, / E depois, delas eu me lembro de cor, / Gravando-as em minhas entranhas. / E nesse balé literário, / Que flutua à minha volta, / Surge um poema extraordinário, / Que de repente de minha mente se solta.”
“Por favor, dê um beijo neste pobre bardo, / Pois você sabe que em seus braços ardo, / Depois que Cupido me atirou um dardo, / E por isto eternamente sou um felizardo!”
“A vida assim não tem graça, / Os anos escorrem depressa, / Devorando-me, com precisão suíça, / De que vale essa vida insossa, / Se dá vontade de praticar roleta russa?”
“Em minhas aventuras poéticas, / Ajo como se fosse blindado, / Enfrento deuses e dragões, / Tenho habilidades proféticas, / Penteio a juba de ferozes leões, / Prevejo o longínquo futuro, / Viajo de volta ao passado...”
“É um lugar encantado, esse bosque poético, / Onde os deuses do Olimpo abrigam suas filhas, / Junto com animais que jamais existiram, / Que um dia mostrarei para seu olhar magnético, / Que tanto se encantará entre essas maravilhas / E meus versos em línguas que nunca se ouviram...”
“Nessas aventuras em que me envolvo, / Arrisco-me a quebrar o pescoço, / Sempre tentando ver se resolvo / Sair de fininho do fundo do poço!”
“São rumorosos / Esses silenciosos / Cânticos / Quânticos / Não-ruídos / Sentidos / Por todos os lados / Mesmo abafados / Ecoam / Voam / Pelos ares / Por todos os lugares”
“Andei lendo Cecília Meireles, / E estou tentando aprender com as primaveras / A deixar-me cortar, para depois voltar inteiro. / Ainda não deu muito resultado: / Até o momento, colecionei alguns hematomas, / Vários cortes incuráveis (na pele e na alma), / Mas ainda não desisti! / Quem sabe, um dia dá certo?”
“Fiquei tão maravilhado com essa aparição, / Que muito tempo depois foi que percebi / A frase que para mim ela deixara gravada, / Com uma letra exótica, impressa no chão, / Que brilhava, e se apagou depois que a recebi: / ‘A Poesia o aguarda, em sua última morada’!”
“Às vezes, a Poesia me chama / E mando dizer que não estou, / Pois nas brasas dessa chama, / Ainda sou o dono deste show. / Às vezes, ela está no comando, / Outras, quem comanda sou eu, / Pois quando estou versejando, / O próprio tempo já me esqueceu!”
“Mistérios em seus olhos se escondem, / E a desvendá-los me desafiam, / Mas nossos lábios se correspondem, / E nossas almas mensagens se enviam! / Você é a minha outra metade, / Mesmo sendo apenas uma fantasia, / Para mim você sempre será de verdade, / Mesmo sendo invenção de minha Poesia...”
“Algumas chaves abrem portas / Que jamais deveriam ser abertas, / Acordam lembranças que pareciam mortas, / E para sempre permanecem despertas...”
“Sigo com resignação essa sina, / Revelando segredos alheios na surdina, / Nesses poemas que a vida me tece, / Com palavras que em minha mente surgiram, / Narrando histórias que jamais ocorreram, / Entre amantes que nem se conheceram, / Em mundos que em nenhum Universo existiram!”
“Quem sabe um dia, leias alguns desses versos, / Que guardam a beleza com a qual te descrevo, / E enxergues a paixão e o amor neles imersos, / E me fales então de amor, como eu não me atrevo?”
“Estou de volta a meus dias taciturnos, / Tento dormir de novo, mas é tarde demais, / Pois só apareces em meus sonhos noturnos, / E fora deles, não consigo te ver nunca mais...”
“Ah, ausência que virou minha confidente, / Leva a ti uma última confidência, / Diz que em meus sonhos és residente, / Que em minha cama deixaste tua carência, / E que sem teu amor, não sou ninguém! / Pergunta se ainda ouves nossas canções, / Se sabes que de nosso amor ainda sou refém, / E se não queres juntar nossas solidões...”
“E ouvir suas histórias da imensidão, / Pois só mesmo o Amor, / No coração entranhado, / Faz-nos poder conversar com elas, / E, às vezes, até consolar as estrelas...”
“Um dia, uma hipotenusa / Apaixonou-se por dois catetos, / Iniciando um triângulo amoroso... / Mas ela logo ficou confusa, / Tendo pesadelos com quartetos, / Por ter começado esse jogo perigoso!”
“Mas, quando chegar o meu dia enfim, / Libertarei a Poesia, em minha alma cativa, / Para que, mesmo após o meu fim, / A melhor parte de mim sobreviva...”
“Não me Doyle desse jeito assanhado, / Para que logo depois me Descartes / Após mais um Balzac de nervos, / Deixando-me sem Eyre nem beira...”
“Derrame sobre meus olhos cansados, / De olhar para você encharcados, / Gotas de seus sorrisos, / verdadeiros colírios, / Capazes de aplacar os loucos delírios / Desse sonhador e vetusto esteta, Que às vezes se disfarça de poeta!”
“Para te procurar, / Pelas ruas, a esmo, / Eu me vesti de luar, / E me disfarcei de mim mesmo...”
“Não me peça para definir Poesia, / Pois fiz isto de forma definitiva / Na primeira vez em que amei você…”
“O poeta vive a divagar, / Devagar, / E de repente / Derrapa nas curvas / Turvas / Da mente. “
“Meus silêncios são rebeldes: / Sempre que tento falar com eles, / Transformam-se em Poesia...”
“Nesse estranho Universo / Tridimensional / E inconsequente, / Virei um ser unidimensional: / Já não tenho frente, / Apenas verso...”
“A Matemática do amor é inexorável: / Metade de dois é igual a nenhum, / Não adianta rezar um terço, é inevitável, / Éramos dois num quarto, sobrou só um!”
“Dentro de mim há invernos / Internos, / Eternos, / Bilhetes de amor esquecidos em bolsos de ternos, / Saudade de abraços fraternos, / Rumo a inesperados infernos, / Nesses pandêmicos tempos modernos, / Tantas páginas em branco, deixadas em antigos cadernos...”
“Rimas se sucedem, fortes ou pungentes, / Em versos que desafiam a lógica ou a vida, / Que falam de paixões e amores ardentes, / De universos paralelos ou de uma saudade sofrida!”
“Eu sem você nada sou, / Apenas chuva e temporal, / Um triste livro que terminou / Antes de chegar ao final...”
“Tanta volúpia e paixão que viveram / Ninguém conseguia entendê-las, / Até que de tanto amor morreram / E foram se amar entre as estrelas...”
“Até amanhã, minha intransigente Poesia, / Não fique indignada com minha leve ausência, / Ao amanhecer voltarei a você, como quase todo dia, / E ouvirei, indulgente, sua mais nova confidência. / E, depois que você me soprar na mente / A próxima fábula sobre a qual deverei escrever, / Meus dedos se divertirão em criar de repente / A mais linda trama que o Amor possa conter...”
“Foi a noite que testemunhou / O momento em que a Poesia me abraçou, / Colocando em meu caminho esse caderno, / Onde anotei tudo que havia de eterno...”
“Foi ela que por um tempo me sequestrou, / Para ouvir essas histórias que dariam uma novela, / Nesses momentos em que até o Tempo parou, / Para ouvir de perto o que a Poesia me revela...”
“Fugi de mim! / Já não sou mais prisioneiro / Da minha Poesia...”
“Mas durou apenas poucos segundos, / Aquela fagulha que parecia um quasar, / E se foi, para procurar outros mundos, / E sem dizer adeus, partiu para jamais voltar!”
“Pilotando esse coração desmiolado, / Navego entre naufragados navios, / Atrás de sereias com seu canto encantado, / Mais sinuosas do que as curvas dos rios.”
“Nunca ergue os seus portões, / Indevassáveis, / E jamais me permite / Invadir os seus muros, / Nem mesmo com minhas modernas / Máquinas de guerra, / Disfarçadas de poemas...”
“Mas o pior silêncio é o que se sucede à tragédia, / Quando se tenta em vão compreender o que houve, / E então soluços ocupam tons muito acima da média, / E o eco daquele silêncio trágico nunca mais se ouve...”
“E quando você me olhou saciada, / Pude ver o que eu antes não via: / Que você tem lindos olhos de fada / E eu a inventei em alguma fantasia...”
“Mas tanta paixão não deu em nada, foi tudo em vão, / Todas as maravilhas que espalhei em tua passagem / Não tiveram efeito algum, pois nem as notaste, / Teus olhos insensíveis delas nada viram, / E nem sei para que escrevi esse triste poema...”
“Você é meu poema predileto, / Aquele que recito todo dia, / Colhido no jardim secreto / Onde plantei minha Poesia...”
“Eu só quero estar com você, / Em minha última fantasia, / De que importa quem nos vê, / Se você só existe em minha Poesia?”
“E, ao mesmo tempo em que surgem, / Minha mente segue atrás revisando / Esses versos que urgem / Em se mostrarem ao mundo, / Como se seu destino esse fosse, / Cada verso, ainda mais profundo, / E, cada rima, ainda mais doce...”
“Por isto, poetas saem contando fictícias histórias carnais, / Contando detalhes de imaginários amores, / Arrancando de seus leitores um sorriso estupefato, / Pensando ser verdade o que não passa de pura Poesia...”
“Lançarei versos nos anéis de Saturno, / E nos desertos de Vênus, / Espalharei poemas pelo céu noturno / De Júpiter, com seus ventos obscenos!”
“Ela por um instante silenciou / O grito que em seu olhar ardia, / E nesse átimo despertou / Em mim esse doce dom da Poesia...”
“Em mim, habitam poetas reencarnados, / Sei que é meio louco, mas faz sentido, / Pois sopram o tempo todo em meu ouvido / Seus poemas de amor, jamais publicados!”
“E as palavras chegam em ondas profundas, / Versos inocentes sobre noites cheias de taras, / Sobre amores fracassados e paixões vagabundas, / Estrofes líricas e mágicas, em rimas tão raras...”
“É a Poesia que me faz desvendar terríveis crimes, / Que seria de mim sem essa minha amiga predileta, / Quem mais me contaria essas histórias sublimes, / Que eu reconto nessas páginas, disfarçado de poeta?”
“Podes ir embora outra vez, / Mas nunca mais voltes, / Pois entre nós dois criaste um abismo, / Intransponível, / Que apelidam por aí de desilusão...”
“Quem poderia imaginar que anjos gostam de versos? / Como é que eu poderei escrever agora poemas banais, / Se, diante dos infinitos mistérios de tantos Universos, / Um anjo se encantou logo por meus poemas mortais?”
“Entre fogueiras escondidas em subterrâneos, / Serão lidos os versos dos escrevinhadores do futuro? / Poemas líricos trarão de volta sorrisos espontâneos, / Trarão de volta em meio ao horror o amor mais puro?”
“Ela tinha vidraças no olhar, / E ao abri-las, / Suas rútilas pupilas / Se dilatavam / Sem cessar, / E então jorravam / Uma doce música, / Que ele, um surdo que só enxergava Poesia, / Tocava com sua flauta mágica, / Cujas notas invadiam a noite sombria, / Provocando uma tempestade cósmica, / Centenas de relâmpagos pelo ar, / Que hipnotizavam ratos, / Sórdidos e insensatos, / Que se suicidavam no mar.”
“Nas veredas que percorro, / Numa senda que fica escondida / Em uma colina, atrás de um morro, / Está guardado o segredo da vida!”
“O olhar do poeta decola e pousa / Sobre portas e janelas entreabertas, / Com sua fértil imaginação que ousa / Procurar respostas nas coisas incertas... / Que importa se seu coração sangra, / Se sua vida foi levada pelas águas? / O mar guarda sempre uma angra / Pronta para abrigar barcos e mágoas.”
Number of pages | 441 |
Edition | 1 (2021) |
Format | A5 (148x210) |
Binding | Paperback w/ flaps |
Colour | Black & white |
Paper type | Coated Silk 90g |
Language | Portuguese |
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