Descobrir-se doente ainda é assustador em muitos casos. Mais assustador é ficar doente de uma doença desconhecida. Tão desconhecida que até mesmo quem a deveria conhecer, a desconhece e a confunde. Falar de fibromialgia é, como dizem os antigos, “chover no molhado”. Porquê? Perguntam vocês. Porque os textos produzidos quase sempre produzem os mesmos resultados: “ A fibromialgia é uma das doenças reumatológicas mais frequentes, cuja característica principal é a dor musculoesquelética difusa e crônica. Além do quadro doloroso, estes pacientes costumam queixar-se de fadiga, distúrbios do sono, rigidez matinal, parestesias de extremidades, sensação subjetiva de edema e distúrbios cognitivos. É frequente a associação a outras comorbidades, que contribuem com o sofrimento e a piora da qualidade de vida destes pacientes. Dentre as comorbidades mais frequentes podemos citar a depressão, a ansiedade, a síndrome da fadiga crônica, a síndrome miofascial, a síndrome do cólon irritável e a síndrome uretral inespecífica. Embora seja uma doença reconhecida há muito tempo, a fibromialgia tem sido seriamente pesquisada somente há três décadas. Pouco ainda é conhecido sobre sua etiologia e patogênese. Até o momento, não existem tratamentos que sejam considerados muito eficazes”. Todos esses conhecimentos, o paciente que sofre essa patologia já conhece. E esse conhecimento em nada agrega a vida dele. Não transforma sua dor em alivio ou conforto. Muitas vezes a notícia da busca por novidades para tratamento desta enfermidade provoca na verdade mais ansiedade, piorando seu estado inicial. Sabendo disto, por fazer parte deste mundo, procuramos neste livro levantar os conhecimentos já produzidos pela comunidade cientifica sobre os temas fibromialgia, qualidade de vida, capacidade laborativa e interação com o trabalho, e desta com a perícia do INSS. Que esses conhecimentos levantados possam chegar até a parte que necessariamente precisa obtê-la e trazer o conforto e alivio que o autor também buscara.
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