Sobre Sem Ninguém!
O ano era 2013 e eu abusei do personagem do POETA MATUTO MARG!NAL para a minha primeira publicação de uma obra física. No ano anterior tinha lançado um e-book: OS CANTICOS A SAUVAS (alguns microcontos & outras cositas). Lembro também, apesar da parca memória que no início desse século lançara através da sociedade dos filhos da pátria um livreto de estética a lá cordel. Que continha uma pariceria com o poeta Davi San Cruz e um texto - pseudo atribuído aos veteranos da plebe poética. E que como pano de fundo na capa continha um desenho explicito que batizara de “A Mulher Socrática”. Que virara a capa de um “zine polêmico” celebrando o dia 08 de março também na primeira edição do livro: “Sem Ninguém”. E estivera presente novamente em um banner promocional que dera na arte–capa e nas bricolagens digitais no miolo desse livro agora.
Pois bem a pariceria do sem ninguém se dera com a Castanha Mecânica do poeta/editor: Fred Caju. Que disponibilizara o livro no formato digital e eu ficara com a realização do sonho da edição feita em papel! Em primeiro procurei algumas editoras para uma pequena tiragem. Os preços locais eram astronômicos para minha condição financeira de licenciando em filosofia e autor/poeta por diversão! Entrei em contato com uma gráfica no centro de Hellcity (pegara um capital emprestado com uns velhos pariceiros poetas de fdpêismo a quem pagara a tal moratória recentementefalando). E cometi o erro amador de agendar/divulgar a data do lançamento do livro sem os ter em minhas mãos.
O que para a minha frustração desassossego da alma ou crise física e ate cansaço mental. O bendito/maldito livro não ficara pronto no prazo combinado! Pro lançamento recebera umas três dúzias de uma edição em espiral que com todo um ódio do mundo dera de brinde aos presentes no dia de seu lançamento no Mercado da Boa Vista na capital pernambucanilhada. Estiveram presentes nesse primeiro ato alguns amigos, pariceiros de estradas entre outr(x)s poetas queridos e prezadas personalidades da resistência porrética: Girola; Zizo; Puritana; Ed. Vieira; Jô; Kaligula; Dinha; Tão; Ivan; Madrinha; Day; Jymmy; Rildo; Belian; Jon; Caju e o Policarpo... Entre outros seres presente nesse ou em outros dos lançamentos. Tinha a priori a intenção de fazer uma tournée literária pelo agreste. A posteriori resultou em alguns recitais de lançamento do livro dos que me lembro cito o adocicado no Chiqueiro do Rock em Santantão do Egito, no Cape de Bois Pequenos City e através da MOSTRAPE na Biblioteca do Estado no calor de uma noite ebriamente empatafodistica de Hellcity.
Apesar do desencanto ou do desengano (cantado por Tito Lívio-Lula Cortes) com o livro, devido aos entraves gráficos que me fizera perder um pouco do muito do foco por uns dias sobre o tempo. Digo a falta de vontade potencial. Eu segui o meu caminho... Retornei há lançar um livreto independente em 2015 outro relançamento em 2018. E mais três obras no ano da primeira grande pandemia do século XXI. Dentre estes relancei uma parte do ebook de 2012 e agora no decorrente ano me proponho ao resgate histórico do meu primeiro filho/livro.
Sem Ninguém! É por que não: uma obra prima em si para mim digo ser a minha porresia mais relevante. Ela já baixou pronta em si ou em mim eu e minha cabeça pensante em uma manhã de um dia de semana em uma barraca de cereais killers... Sei que viera com um tom/vocábulo musical de Arnaldo Antunes, Sepultura passando pelo Nirvana entre outras coisas mantricarmentefalando. O livro é em si e também fora de si cheio de referencias transpiracionais as minhas leituras com um pé no erotismo poético sagrado dos cânticos dos cânticos passando pela margem poética das degustações literárias com outro pé no arroto bukowiskiano e o terceiro pé pitado na lama do bom Marques de Sade entre outros espirros dos espíritos de porcos contemporâneos seres.
Enfim ou em mim: a resistência poética ou porreticamente continua presentemente nas digitais dessas linhas atemporais e no amarelado dessas paginas/palavras. Nas novas paricerias conquistadas e também nas velhas cultivadas e regadas sem demasia. E no desejo por melhores dias safados... Diferentes desses estranhos dias quarentenilhados! Eis aqui o meu sem ninguém. Que ainda é uma forma de cantar a saudade do sexo do outro! O desejo de permanecer noite adentro no aquecimento corporal. Boa degustação para com essa bebida advinda também das rubiatas e revisitada em tantas as mesas de poesias por onde passei em algum dia como no hoje do meu galope temporal.
-Célio Lima.
Number of pages | 65 |
Edition | 2 (2021) |
Format | A5 (148x210) |
Binding | Paperback w/ flaps |
Colour | Black & white |
Paper type | Uncoated offset 75g |
Language | Portuguese |
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