Percepções fragmentadas
“O mundo...as coisas do universo, em sua totalidade, são engendradas em pedaços; em pequenos pedaços, que com o tempo, vão tomando formas, estruturas. As suas propriedades, naturezas e essências, serão construídas e solidificadas, ao longo da vida. Compreender os fenômenos universais, em seus notórios limites, tem sido um imperativo para a raça humana, que ainda debruça na janela do grande castelo da impotência, insuficiência perceptiva e intelectual, contemplando o inatingível e mergulhados na grande e densa floresta da incerteza e frustração. Pouco entende de si mesmo, de sua grande máquina. No entanto, ainda em processo, construiu um tapete para nele caminhar. O tapete, apesar de ser belo e macio, é inconsistente: Ainda que servindo para tapar os buracos do assoalho, é frágil e irá sucumbir. Não será, jamais, a representação de um piso sólido, mas um paliativo, diante de uma inabilidade arquitetural. O nosso tapete, construiu-se no mar de necessidades, por não possuirmos insumos de qualidade. A nossa mente consciente e perceptiva, não conseguira fabricar um atlas de algoritmos, capaz de compreender a humanidade em seus detalhes mais elementares e substanciais. Os tapetes fabricados pelas sociedades, com seus códigos, símbolos, modelos, padrões, parâmetros, estereótipos e conceitos, vêm, até aqui, sendo o arcabouço da humanidade, diante de sua nulidade perceptiva e intelectual. Precisamos olhar o sujeito e o objeto; dez...vinte, trinta vezes, se possível, procurando uma maturação perceptiva, um olhar sensível. Dessa forma, duvidando de nós mesmos e reconstruindo um sentido, cada vez mais novo e consistente, das estruturas que chegam à consciência; independentemente, de suas naturezas e essências! ” Precisamos nos quebrar e nos reconstruir, todos os dias!
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Number of pages | 73 |
Edition | 1 (2024) |
Language | Portuguese |
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