Maria, uma senhora de 57 anos, protagoniza o romance, ela reside na favela do Muquiço em Guadalupe, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Tentando dar uma vida digna aos seus filhos, trabalhando como faxineira de 2ª a 2ª- feira, vê seus filhos morrerem um a um devido as sucessivas tragédias que ocorrem no meio em que vive, tráfico, guerra entre as facções criminosas, e/ou o poder de policia governamental.
Ela desiste de levar uma vida digna, e jura não deixar que nenhum de seus filhos viva ali, e os dá a adoção sempre que nascem, e quando nascem, pois completamente descrente de tudo, se entrega a uma vida desregrada, usa drogas e se prostitui.
Porém um dia, ela resolve retomar as rédeas de sua história, e com uma carta de apresentação, elaborada por um de seus clientes da juventude, Dr. Alcides, ela se candidata a um emprego de serviços gerais numa firma no centro da cidade.
Depois de passar por uma trajetória e situações do cotidiano do pobre que mora na zona oeste para chegar ao centro da cidade, contado de forma fluídica e poética, como quase em todo o livro, ela se depara com uma exigência absurda de se ter um nível de escolaridade de 2º grau para assumir função de limpeza e copa, recebendo salário mínimo.
Coincidentemente, uma outra Maria, que era babá da chefe do departamento de recursos humanos, Vera, liga para a patroa, dizendo que não poderá continuar no emprego. Vista a carta de recomendação, Vera a contrata para o serviço em seu domicílio, recebendo mais que o dobro do salário que receberia na firma, e com alguns benefícios, como moradia na zona sul, alimentação, passagem, e além do mais todo o convívio familiar e tranqüilo que Maria sempre quis.
Maria de pronto aceitou o novo emprego, e passou a conviver com a família de Vera, ocupando o lugar de pai/mãe que estavam também desocupados, face a importância que ambos davam as suas carreiras profissionais.
Os filhos de Vera e Carlos, precisavam de muito afeto e atenção, principalmente a filha mais velha, Carolina, que estava envolvida com drogas.
Maria, usando de sua simples sabedoria, de quem já tinha vivido de quase tudo na vida, deu uma solução pouco ortodoxa ao caso: entrou em contato com o pessoal do tráfco da favela, que fizeram o seqüestro de Carolina na frente da sua turma de colegas, a apontando como X-9, e a levando até uma vala onde ela viu de perto um fim provável para quem transita nesse mundo dos entorpecentes. A morte, a carnificina.
O pai de Carolina, Carlos, após se deparar com a realidade do que a vida daquela família tinha se tornado, tomou as rédeas da sua vida, e promoveu todas as condições para que seus filhos crescessem saudáveis. Inclusive se separando de sua mulher Vera, que não abria mão de sua idéia de vida perfeita.
Vera ao se separar de Carlos assume o amante, que era um “bon vivant”, e gasta todo o seu dinheiro, para sustentar aquela relação doentia, chega a fazer trabalhos espirituais no candomblé, em nome desse amor. Não conseguiu conciliar a vida profissional, com a festa diária que a sua vida tinha se tornado e é despedida da firma.
Por sua vez, Carlos teve que abdicar de muitos bens materiais e contratos profissionais, para se dedicar à família, o dinheiro que recebia já não era suficiente para pagar as contas da casa.
Maria joga na mega-sena e ganha. Fica incógnita, e continua morando na casa de Carlos e cuidando das crianças como se fossem seus filhos. Contrata o mesmo amigo que lhe dera a carta de recomendação para gerir a parte patrimonial da Fundação Filhos
de Maria para apoio a dependentes químicos, onde Carlos deveria ser contratado para idealizar e administrar a fundação.
Vera, com o pouco dinheiro que lhe restara, abriu uma pousada em Friburgo, na serra, a pousada estava em processo de falência, quando Carolina achou a mãe, trabalhando como faxineira na sua própria pousada, enquanto seu amante era recepcionista. Nada falou, e tão pouco foi reconhecida.
Voltou na semana seguinte com Maria, e então se reconciliou com a mãe.
Carolina já cursava a faculdade de medicina, e namorava um colega, Júlio.
Vera ficou tão emocionada com o perdão da filha que sofreu um infarto, foi atendida pela própria filha, e retornou ao convívio com os filhos e até mesmo Carlos lhe deu um emprego na Fundação, onde seu amante, agora marido, também foi trabalhar.
Tudo parecia bem, quando Carolina começa a desconfiar do comportamento sexual de Júlio. Maria desconfiou que ele fosse homossexual. Carolina chocada, foi conferir a veracidade da desconfiança de Maria. Descobriu através de uma conversa de internet que Júlio a estava usando como fachada para encobrir sua vida dupla. Vera, Maria e Carolina, desmascararam Julio.
Vera encontrou Alcides, o velho amigo de Maria, na fundação, e se lembrou da carta de recomendação que ele assinara para Maria. Ao perguntar sobre Maria para Alcides, ele deu nó em pingo d’água, e conseguiu se desvencilhar daquela situação.
Ligou para Maria, e contou o ocorrido, e que eles teriam que elaborar um plano pois o disfarce de Maria estava com os dias contados.
Resolveram se aposentar, inclusive porque a esposa de Alcides vinha a muitos anos sofrendo de depressão, exigindo seus cuidados constantes.
Maria já que Vera tinha voltado e as crianças estavam crescidas, resolveu fazer uma viagem à Europa, muito a contra gosto de todos.
Porque Maria 13? Bem... esse número a perseguia! Ele aparece em todo o livro diversas vezes... 13 filhos, 13º andar, nasceu no dia 13, ganhou 13 milhões, na casa lotérica 13 trevos, no dia 13, e por fim foi fazer seu “tour” de 13.000 milhas...
Number of pages | 134 |
Edition | 2 (2011) |
Format | A5 (148x210) |
Binding | Paperback w/ flaps |
Colour | Black & white |
Paper type | Uncoated offset 75g |
Language | Portuguese |
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