Esta história é a fonte mítica do sistema de adivinhação que está na base tanto do Ifá quanto do culto Ọrìșà. Enquanto Ọ̀rúnmìlà estava na Terra, ele usou sua sabedoria para manter a paz, harmonia e abundância em toda a Federação Yọrùbà. Em um esforço para preservar o equilíbrio e a boa sorte, ele compartilha sua sabedoria com seus filhos.
Um dos filhos aprende as lições e presume que sabe tanto quanto o pai. O nome desse filho é Ọlọwọ, que significa "possuidor de dinheiro". Esse nome sugere que o filho foi motivado pelo desejo de abundância financeira. Dentro do sistema ético Ifá, não há nada inerentemente errado com dinheiro ou com o desejo de riqueza. Somente quando esse desejo cria ganância, arrogância e desrespeito é que surgem os problemas.
As dificuldades que se desenvolvem como resultado desses traços de caráter negativos têm um impacto devastador em toda a comunidade. Quando os filhos fazem a jornada para o Reino dos Ancestrais, a história sugere que eles estão se voltando para a sabedoria dos mais velhos em busca de uma solução para os problemas causados pela ganância, arrogância e desrespeito. A solução vem na forma do sistema de adivinhação Ifá que é a escrita oral de Ifá e o culto Ọrìșà.
A implicação da história é que o desejo de abundância deve ser satisfeito em conjunto com o respeito pelos princípios espirituais que sustentam a vida na terra.
Áwọ Ifábúnmí Fàtùmbí
Marco Rodrigues
Àdíṣá Mákọnráwálẹ
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