Cada cena de crime é única, com sua própria identidade, particularidades e segredos. Se existe uma verdade quando alguém diz que a cena de crime se comunica com o profissional que a está processando, é também verdade que a boa comunicação somente pode ser estabelecida através de um olhar treinado e crítico, que seja capaz de se atenta ao que é relevante.
Para dispor de tal habilidade, o analista de cenas de crime devem possuir experiência e conhecimento para direcionar seu olhar técnico, aumentando a eficiência do exame e mantendo o foco no essencial os vestígios. Além dos vestígios tipicamente pesquisados em uma cena de crime (DNA, impressões digitais, materiais balísticos, sangue, etc.), existe outra categoria de vestígios, essa última menos explorada e conhecida: os vestígios imateriais. Eles são elementos de origem psicológica consciente ou inconsciente que se manifestam na cena de crime de forma sutil, através da interpretação do conjunto de evidências físicas e das complexas relações que estabelecem entre si. Atualmente esse conjunto de vestígios é melhor conhecido sob a alcunha de vestígios comportamentais.
Essa obra busca oferecer ao leitor a compreensão dos vestígios comportamentais, combinando conhecimento sobre a origem do crime, as escolas criminológicas, o olhar psicanalítico, os diagnósticos de psicopatia, o criminal profiling e o conhecimento que se possui hoje sobre os serial killers com a experiência do autor em cenas de crime reais através do cuidadoso estudo de casos aqui apresentados.
Trata-se, portanto, de uma leitura indispensável para todos interessados no estudo de casos criminais!
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