A abordagem sistêmica, como novo paradigma de ciência, possibilitou no campo da Ciência Econômica novos entendimentos sobre o funcionamento das economias que não se fazem presentes no campo teórico da economia tradicional. Como resultado desses desdobramentos tem-se o desenvolvimento das abordagens institucionalistas e evolucionárias do século XX. Esta perspectiva abriu caminho para a constituição de uma teoria econômica com instituições, oriunda da relação entre atividade humana, instituições, progresso técnico e a natureza evolucionária do processo econômico. As possibilidades abertas por essa abordagem apontam para a necessidade da construção de uma nova agenda (em desenvolvimento) para as teorias do crescimento, que produzam uma teorização mais provocativa sobre tecnologia, firmas, instituições e relações de poder (política e ideologia). Abre-se, assim, um novo campo teórico, de conformação mais apreciativa do que formal. Dessa perspectiva, as instituições políticas se apresentam como condicionantes do processo da formação das políticas econômicas e, os planos econômicos, nesse viés, podem ser posicionados como um instrumento transformador de desenvolvimento. Por sua vez, os processos políticos supõem uma apreciação das ideologias subjacentes, que encerram interesses vitais de grupos sociais e que estão sempre sendo postos em questão a cada rodada política. Neste sentido, os interesses seccionais passam a ser entendidos como o veículo da mudança social e política, ou de manutenção de certo status quo. Posto isto, esse livro se inscreve no campo da mudança institucional e política e seus desdobramentos.
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