O século XVI trouxe inúmeras armadilhas, aos que amavam e aos que jamais saberiam o que era amar, tais dias foram ainda mais tenebrosos do que muitos podem sequer imaginar. A inquisição, diferente do que se pensa, não foi um cenário sangrento apenas causado pela igreja romana, foi um rio amargo, vindo dos mais soberbos corações, estes eram aplacados por almas como as de Esteban e Catalina, que unidos, simplesmente por amar, pensavam que contornariam o rumo daquela história. Entretanto, frutos desse amor converteriam em sangue, todo e qualquer ideal de paz, enquanto, na pele de uma mulher rejeitada, ardiam os mais malignos planos que trariam à geração de Delmar e Laguna, o fim que não imaginavam! Entre dores, espadas e intrigas, eis que surge um “lobo”, que não trazia sua natureza predatória, antes a renegaria, em tempos que muitas eram as ovelhas inocentes, quais viriam sucumbir. Tempos estes, onde cordeiros foram lobos, e lobos foram cordeiros! Nos tempos em que a Inquisição aterrorizava a Terra do século XVI, houve vidas que destemidamente clamaram por paz e justiça. Esteban teve dois grandes amores, Catalina e a verdade. E quando seus frutos vieram ter com ele, os que eram ovelhas se tornaram os lobos, e o lobo era o Cordeiro! Sangue e torturas, o fogo do Santo Ofício, intrigas e paixão, não foram o bastante para desviar a alma do líder Huguenote e seus sucessores. A história que até então era banhada de sangue inocente, recebeu finalmente a geração que merecia.
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