O que Escrevo é Sangue

Fernando Ferreira Freire nasceu em Fortaleza, mas foi criado e passou boa parte da vida no Rio de Janeiro. Além disso, morou em cidades como Salvador, São Paulo e Berlim. Formado em Comunicação Social pela Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, trabalhou por mais de 12 anos no mundo corporativo, em grandes empresas. Sua carreira é frequentemente considerada bem-sucedida, mas, apesar disso, ele quase enfrentou a situação de rua duas vezes. Aos 30 anos (2024), achou que abandonar tudo era um sonho, mas depois percebeu que, na verdade, estava apenas "obedencedo à vida". Influenciado por uma filosofia que busca autenticidade nas escolhas, mesmo as que levam ao arrependimento, ele passou a entender a obediência à vida como um processo pós-luto, inspirado pelo pensamento de Kierkegaard e pela visão da Professora Ana M. Feijoo sobre seguir em frente após a dor da perda.

Convive com transtornos que por muito tempo nomeou, mas percebeu que, por mais que se defina em termos de diagnóstico, isso acaba sendo limitador. Infelizmente, padece de vício em benzodiazepínicos e tenta superá-lo desde 2020. Contudo, não os usa para escapar da vida; simplesmente, não há mais efeito, e é a retirada que provoca os desafios. Escrever é a forma que encontrou para lidar com tudo isso.