Escrever é, para mim, um exercício de sinceridade. Não tenho fórmulas nem pretensões de grandeza. Escrevo como vivo: com curiosidade e intensidade, mesmo quando a vida me desafia a chorar. Ao longo destas páginas encontrará fragmentos, memórias, convicções, afetos, despedidas, paixões, esperanças e saudades — e, boas risadas, inclusive de mim mesmo. Viver com leveza, mesmo sendo um observador atento, talvez seja a minha maior façanha. Quem ler esta obra conhecer-me-á melhor do que muitas pessoas que conviveram comigo. Aqui estou por inteiro — sem defesas, sem disfarces — revelando pensamentos que, por vezes, nem verbalizei, mas que guardava no fundo da alma. Há textos que nasceram do silêncio; outros, da inquietação. Alguns embalados por lembranças doces; outros, por dores que precisei transformar em palavras para não pesarem tanto no peito. Muitos nasceram de reflexões que me afligem. Todos são verdadeiros — ainda que nem sempre lógicos. São facetas da minha alma, que às vezes é brisa; outras, vendaval. Escrevo porque quero conversar consigo leitor, leitora como quem se senta num banco de praça para partilhar a vida. Sem medo do riso ou da lágrima. Porque, no fim, o que mais importa é seguir caminhando, mesmo entre dúvidas, sem perder a capacidade e a leveza de sentir. Se puder, leia com o coração aberto. Se sorrir, ótimo. Se se emocionar, também. E se algum texto o fizer pensar ou reconhecer-se, terei cumprido o meu papel. Seja bem-vindo ao que há de mais verdadeiro em mim.
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