Acrisio Motta nasceu na cidade de Bragança, Pará em 25 de junho de 1866 e morreu em Belém, no dia 17 de agosto de 1907. Grande poeta e contista, viveu no final do século XIX e início do século XX, foi, também, jornalista atuante e fundador da Academia Paraense de Letras. Como jornalista, foi um dos mais completos do seu tempo e podia ocupar qualquer posição no jornal. Bom escritor, articulista, cronista, romancista, novelista, contista e dramaturgo. Trabalhou em “A Província do Pará”, no “Diário de Notícias” e na “Folha do Norte”. Cultivou o parnasianismo na poesia e o naturalismo na ficção. Seu talento preenchia todas as seções do jornal, estando sempre apto a escrever tanto o artigo, como o folhetim ou romance de sensação. Publicou inúmeros contos e deixou outros inéditos, retratando neles preferencialmente a vida simples da roça. Livro publicado: Coisas Profanas (poesia, Livraria Paraense Editora, 1895); Obras inéditas: O Estupro (romance); Vingança de Tapuio (contos) ambos contando histórias amazônicas num estilo realista, por vezes impuro e cruel, retratando a paisagem e os costumes da região. Como homenagem póstuma, a Folha do Norte mandou editar o seu livro de contos fantásticos Fadas e Lobisomens (1908).
A Editora Íbis Santarena faz, assim, o resgate de um fantástico escritor, hoje infelizmente esquecido, mas que é autor de valiosa obra que vale a pena ser conhecida pelas novas gerações.
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